Conheça o Interpretador do Python

O que é um Interpretador?

Interpretadores são programas com a capacidade de ler um código fonte e traduzi-lo em um código executável, de uma linguagem de alto-nível para uma de baixo nível, à nível de máquina onde possa ser “lida” pelo computador, os famosos zeros e uns (0/1).

Ao contrário dos compiladores, o interpretador lê e executa o código-fonte linha-a-linha e o programa vai sendo utilizado ao ser traduzido. Ele recebe a primeira instrução, verifica se a sintaxe está toda correta, não havendo erros converte parar linguagem de máquina e passa para a máquina executar aquele pedaço de código e assim sucessivamente para cada linha até a última. Ao executar uma linha, se perde a anterior, apenas uma instrução fica em memória por vez.

Os comandos não ficam armazenados, então a cada execução todos os passos são repetidos, linha por linha.

O interpretador Python

Quando o python é instalado, junto vem o seu interpretador (veja os procedimentos de instalação do python aqui), um programa que pode ler os arquivos de extensão .py e processar o código e instruções e retornar um resultado.

Para acessar o interpretador, usamos o comando:

$ python
Iniciando o interpretador
Iniciando o interpretador

Dessa forma temos acesso ao modo interativo do interpretador, aqui você pode explorar à vontade o poder do python, começar seus estudos ou fazer testes, do mais simples como expressões aritméticas:

Operações aritméticas
Operações aritméticas

Ou esse exemplo retirado da documentação do python 2

Como exemplo, uma condição If
Como exemplo, uma condição If

Para sair do interpretador execute os camando Crtl+d ou

$ exit()

Outra função interessante do interpretador é poder passar programas em uma linha para serem executados

imprimindo texto com uma linha de codigo
Com a instrução -c após python, escreva o código entre aspas duplas, no caso imprimi na tela o endereço da nossa página no Facebook (aproveita e passa lá fb.com/viladosilicio)

Executando um arquivo .py

Podemos também executar os arquivos .py no interpretador. Vamos criar um programa simples em python repetindo o teste anterior. Crie um arquivo de extensão .py com o nome desejado.

criação do arquivo .py

Digite os comandos e salve o arquivo (no vi utilize o comando :wq)

screenshot-from-2016-10-18-013418

Agora execute o programa passando ele para o interpretador

screenshot-from-2016-10-18-013544

Se não houver nenhum erro de digitação teremos a execução do seu código 

screenshot-from-2016-10-18-013635

IPython

Para incrementar a experiência com o interpretador, temos o IPython, que é um interpretador interativo para várias linguagens de programação, mas especialmente focado em Python. IPython oferece “type introspection”, “rich media”, sintax shell, completação por tab e edição auxiliada por histórico de comando (fonte).

A instalação ocorre através do gerenciador de pacotes do python (pip), com o comando

$ pip install ipython[notebook]

Com tudo instalado para acessar a ferramenta utilize o comando

$ ipython
Executando o IPython
Executando o IPython

Funções interessantes para começar, digite ? para acessar a descrição:

introdução ipython

Ou %quickref para algumas dicas rápidas

%quickref

Porém o mais interessante é o console web do IPython, que você pode acessar com os comandos

$ ipython notebook

O servidor do IPython é iniciando e um cliente é aberto no browser, entregando uma interface muito mais amigável e com mais recursos

Servidor do IPython
Servidor do IPython

Vamos explorar a ferramenta, crie um novo arquivo em Python 3

Criando um arquivo no IPython
Criando um arquivo no IPython

Uma nova aba será aberta no browser já com uma célula para ser usada, a execução das células ocorre com os comando Shift+Enter

Efetuando operações aritméticas no IPython
Efetuando operações aritméticas no IPython

Você pode definir variáveis em uma célula para utilizar posteriormente

screenshot-from-2016-10-18-023440

O IPython será de grande ajuda quando for necessário explicar um código passo a passo ou para produção de material para divulgação cientifica, infelizmente esse já se tornou um post bem extenso então fica para uma próxima conversa apenas sobre como utilizar-lo de mais formas, até a próxima!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *